“Uma das reclamações generalizadas de escolas e universidades é de que os alunos não agüentam mais nossa forma de dar aula. Os alunos reclamam do tédio de ficar ouvindo um professor falando na frente por horas, da rigidez dos horários, da distância entre o conteúdo das aulas e a vida.
Colocamos tecnologias na universidade e nas escolas, mas, em geral, para continuar fazendo o de sempre – o professor falando e o aluno ouvindo – com um verniz de modernidade.
As tecnologias são utilizadas mais para ilustrar o conteúdo do professor do que para criar novos desafios didáticos.
O computador trouxe uma série de novidades, de fazer mais rápido, mais fácil. Mas durante anos continua sendo utilizado mais como uma ferramenta de apoio ao professor e ao aluno.
As atividades principais ainda estavam focadas na fala do professor e na relação com os textos escritos”
Moran, José Manuel.
Texto publicado nos anais do 12º Endipe
– Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino,
in ROMANOWSKI, Joana Paulin et al (Orgs).
Conhecimento local e conhecimento universal:
Diversidade, mídias e tecnologias na educação.
vol 2, Curitiba, Champagnat, 2004, páginas 245-253